Chegou-me às mãos um questionário elaborado pela artista plástica Sofia Calle e pelo escritor Gregoire Bouillier, publicado na revista Les Inrockoptibles. Achei as perguntas fabulosas, a ponto de me deixar uns bons minutos a pensar nas possíveis respostas.
Aqui estão algumas delas. O Mote? Leiam, pensem nelas. E respondam se conseguirem.
1. O que é que te faz levantar de manhã?
2. O que é que aconteceu aos teus sonhos de infância?
3. O que te distingue dos outros?
4. Achas que te falta alguma coisa?
5. De onde vens tu?
6. A que é que já renunciaste?
7. Quais são os teus prazeres preferidos?
8. O que é que tu defendes?
9. A que és capaz de renunciar?
10. Qual é a parte mais frágil do teu corpo?
11. O que é que já foste capaz de fazer por amor?
12. Redige o teu epitáfio.
13. Depois de morrer, sob que forma gostarias de regressar?
Abraços.
5 comentários:
1. Quando me levanto de manhã, é geralmente devido a uma vontade quase irresistível de ver o que tem mudado no mundo, de descobrir e de conhecer. O problema é o que me faz deitar à noite.
2.Estão guarados numa caixa, algures, sob forma de desenhos pintados a cores do arco-íris. Às vezes ainda os seguro nas mãos.
3. A minha impressão digital.
4. Sim.
5. Quando souber eu grito ao mundo.
6.Aos falsos sorrisos.
7. Sorrir, beber, comer... e outras coisas mais nos intervalos. Ou durante.
8. O direito a procurar momentos de felicidade.
9. Ao sofrimento.
10. A alma.
11. Sorrir. Mas só por fora.
12. Quero ser cremada. E as minhas cinzas devem ser espalhadas no mundo.
13. Treze perguntas ah? Número simbólico este. Ou não... (Não sei. Talvez sob forma de um grão de pólen.)
Antes de mais, devo dizer que este questionário revolveu algumas areias de sentimentos dentro de mim...por isso mesmo, valeu a pena!
1. O facto de amar a vida e uma enorme sede de descoberta do que irá acontecer!
2. Alguns realizaram-se, outros atei-os com uma fita de cetim e guardei-os com carinho no sub-consciente. De vez em quando ainda me visitam e ainda me delicio
com a ingenuidade e doçura que caracterizaram a minha infância.
3. O meu código genético.
4. Há pessoas que me fazem falta... Preencho o vazio com lembranças boas que me deixaram.
5. Sou fruto do amor, porém, do inesperado.
6. A sonhos.
7. A vida. Amar. O mar, o sol, o luar, os sorrisos dos meus … Mimar e ser mimada… chocolate...
8. O direito a ser feliz!
9. À doença.
10. O pescoço, definitavamente! O meu ponto nevrálgico!
11. Nem às paredes confesso…
12. A Vida é Sublime.
13. Sob a forma de uma borboleta colorida...
1. O despertadori! Rai's parta o gaijo!! Parece ca sirene dos bumbeirus!!
2. Ó senhora! Há cá a gente num tinha tempo ninhum pra andári a sunhari! A bida nu campu é antes do raiar du sole! Quais sonhos, quaisquê? Da infância o que guardo são dois pares de ceroulas que són da mais novita, quinda lhe serbem que antigamente a fibra era das bouas e num se rompia c'a facilidade de hoije!
3. Hómessa! Atónhe. É o nome!! Há cá mais ninguém que se chame com'eu, Maria do Amparo da Silva!! É o que c'a gente leva no bilhêti d'indentidade!!
4. Ora benhe, eu sou uma mulher de bida simples, de brandos costumes, bibo do poucochinho que gainho ao serviço da menina Carminho. Fazia-me falta era um radiozinho novo, pra escutar a Palavra que dá na Antena 6, ao cantar do galo!
5. De onde benho? Ora pois, benho da minha terrinha, Freixo de Espada à Cinta! Ai, que saudades....Ó io ai!!! Roda a saia!!Ó la-ri-ló-lé!!!
6. Olhe, sou uma sacrificada...Já renunciei a muita cousa. Deixei o meu home ir c'a vizinha (raios os parta!!!). E renunciei dar-lhes uma balente duma porrada naqueles malandros!Estapurados oubi dizer que tão pra França!Malandro, que me deixou com 7 bezerros pra criar!!
7. Gosto bem de um bailinho!!!E de cantar as músicas lá da Terra! A menina Carminho é que num me deixa cantar muito alto, senão era aqui uma alegria!
8. Eu cá não defendo nada, que não sou revolucionária. O nosso Salazar faz muita falta pra meter orde nesta gangada que anda praí!
9. Ora esta aqui num tou a bere...Que diz? Ai, que estas cataratas num me deixom lere em cundições....
10. As minhas cruzes, o rins, sofro de muitos males...Ai que nem posso bergar-me...e nem pra infiar uma linha numa aguilha!!
11. Ai! Hómessa que até me corei! Ai que já nem me alembro, era uma menina respeitadora do meu paizinho....Lebantei o saiote uma vez ao Manel das Coives, mas ele é que se me atiçou o lume, o patife!
12. U quê? Quié isso de epi, epitáfio? Ora pois num sei que será, será uma nova doença que os médicos descobriram. Isto o mundo estamos no fim. É os frangos com gripe, as frangas a quererem casari e agora o epi...epitráscio! Valha-me Deus!!!
13. Ai, que pecado. A gente num torna cá!!Isso são coisas de outros que andam praí a inventar...
E agora tenho de me ire, que a menina Maria do Carmo está a gritar, quer-se dizer, a chamar por mim. Desde que perdeu a sineta, que agora me chama pelo nome. tenho é desgosto que em 30 anos de serviço, ainda não se tenha dado conta que Maria do Rosário era a minha santa mãezinha (que nosso senhor a teinha) e não eu! Mas gosto bem dos senhores daqui, tratam-me benhe. Já vou, Srª Menina Carminho!!!
Ora cá vai!
1. Definitivamente o despertador.
2. Esqueci-os, afinal são coisas antigas portt...
3. Os olhos.
4. Claro que sim.
5. Mais do que de onde venho interessa-me saber para onde vou.
6. A alguns sonhos.
7. Acham que vou dizer.
8. A alegria de viver.
9. Á tristeza.
10. Os olhos, revelam muito de nós, portt são a minha parte mais frágil.
11. Amar.
12. Mais do que palavras, preferia o silêncio.
13. Acima de tudo não queria esquecer algumas pessoas.
Giro!
Gostei!
Até ao próximo!
1 – A vontade de conhecer cada vez mais…
2 – Ainda os tenho comigo e o que é engraçado … é que começo agora a viver a maior parte deles.
3 – Sinceramente não sei… mas gostaria de dizer que é a sinceridade e a determinação com que faço tudo na vida.
4 – Sim. Bastantes até.
5 – Venho do paraíso.
6 – Ao amor (estupidez a minha).
7 – Ler, cinema, ler, francesinhas, ler….. e o mar.
8 – A individualidade de cada um… o direito a ser feliz.
9 – A tudo o que me possa tirar a liberdade.
10 – Os olhos…
11 – Coisas estúpidas… mas vistas a esta distância revelam-se agora românticas (mas não
deixaram de ser idiotices).
12 – LIVRA!
13 – Tenho que pensar bem melhor sobre isto!
Ass: Tut
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