segunda-feira, abril 30, 2007

Com delicadeza
abrir as gavetas
que guardam
as palavras de seda.
Deixá-las sempre
ao alcance
de um sopro,
prontas para o vôo,
para o ouvido,
para a boca.
Palavras de seda
são como borboletas
douradas
quando pousam
no coração do outro.

Poema de Roseana Murray, autora de poesia para crianças.

sexta-feira, abril 27, 2007

Dias há em que tudo fica mais díficil. Em que acordamos com vontade de adormecer de novo, em que a preguiça parece conduzir-nos para sítio algum;
em que vemos algo ao espelho parecido com uma expressão, mas que não conseguimos definir.
Em que calçamos os sapatos de sempre mas não o sentimos como nossos.
Em que tropeçamos nas esquinas das mesas e deixamos o café da máquina jorrar, porque nos esquecemos de colocar lá a chávena.
Em que olhamos para o retrovisor do carro sem vermos quem vem na faixa para a qual queremos passar.
Em somos pilotos automáticos em absolutamente tudo o que fazemos.
Em que tiremos o fato do armário, atamos o nó da gravata e, a meio do dia, nos damos conta que não nos lembramos do que se passou há meia hora atrás, quanto mais de manhã!
Dias há que mexemos na aliança, giramo-la com o polegar e nos damos conta que dez anos se passaram e que tudo está gasto menos o metal do anel.
Em que nos esquecemos do nosso próprio nome porque a assinatura automática põe-no lá por nós. E ficamos a olhá-lo e a pensar que soa tão estranho dito em voz alta: ‘’Miguel, Miguel?!’’- repetimos para nós próprios, com expressões de estranheza estampadas no rosto.
Em que paramos e olhamos o teclado do computador e pensamos para nós próprios que diabo nos aconteceu porque já nem olhamos para as teclas enquanto escrevemos e somos mais velozes a fazê-lo do que a fazer qualquer outra coisa na nossa vida.
Dias há em que tudo fica mais difícil exactamente porque tudo fica mais límpido e a rotina nos aparece crua e nua.

terça-feira, abril 24, 2007

Ser Alguém na vida...

O que seria de Judite de Sousa se não tivesse acabado os estudos? E de Pedro Abrunhosa? E de Carlos Queirós? O Governo diz-nos: uns falhados. Uma campanha num país onde 56 mil licenciados estão desempregados e ainda mais a trabalhar em «call centers», caixas de supermercados, restaurantes, quiosques, cinemas e, quem sabe, a aparar relvados de clubes de futebol. O mais curioso é que estes anúncios pretendem publicitar um programa que valoriza o que se aprende ao longo da vida, incluindo na experiência profissional que a campanha desvaloriza. É o Governo a insultar as suas próprias intenções.
A julgar pela campanha, o Governo acha que os “estudos” não servem para saber mais. Servem apenas para alcançar o sucesso. Para “ser alguém na vida”. E qual é a medida do sucesso? Ser famoso. Um bom retrato do país: o trabalho não é respeitado se não trouxer com ele estatuto social; a fama vale mais do que a competência; e o prazer de aprender não chega como argumento. A própria ideia de “acabar os estudos” é reveladora. Como se eles alguma vez acabassem. Uma curiosidade: Sophia de Mello Breyner, Herberto Helder, António Ramos Rosa, Alexandre O’Neill e José Saramago não acabaram os estudos. «Loosers»!


retirado do site do Expresso, autor Daniel Oliveira

... Pois, ironias à parte, concordo com o senhor... Está um pouco infeliz o anúncio.
Era giro era se divulgassem novas e reais oportunidades que soubessem aproveitar o melhor de cada um de nós! Para quando? Não me venham com o Dia de S. Nunca à tarde, porque a agenda para esse dia já está cheia...

Outra leitura:
Há umas semanas o procurador-geral da República disse no Parlamento: “Os blogues são uma vergonha”. Explicou que lê cartas anónimas que chegam à Procuradoria mas não lê nem quer ler blogues. Na entrevista à RTP, Sócrates repetiu o desdém: os boatos começam na blogosfera.

Hum, será?! Marotos dos blogues! Imorais! Se ao menos quem escrevesse nos blogues tivesse ''terminado os estudos'' aí, sim, se calhar já seriam mais dignos...

segunda-feira, abril 23, 2007

Para o meu girassol...

Faço minhas as palavras da Adriana Calcanhoto,

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos

Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo.

ILY

sexta-feira, abril 20, 2007

Just like an angel ...



Just like a star across my sky,
Just like an angel off the page,
You have appeared to my life,
Feel like I'll never be the same,
Just like a song in my heart,
Just like oil on my hands,
Honour to love you

Still i wonder why it is,
I don't argue like this,
With anyone but you,
We do it all the time,
Blowing out my mind,

You've got this look i can't describe,
You make me feel like I'm alive,
When everything else is au fait,
Without a doubt you're on my side,
Heaven has been away too long,
Can't find the words to write this song,
Oh.,..
Your love,

Still i wonder why it is,
I don't argue like this,
With anyone but you,
We do it all the time,
Blowing out my mind,

I have come to understand,
The way it is,
It's not a secret anymore,
'cause we've been through that before,
From tonight I know that you're the only one,
I've been confused and in the dark,
Now I understand,

I wonder why it is,
I don't argue like this,
With anyone but you,
I wonder why it is,
I wont let my guard down,
To anyone but you
We do it all the time,
Blowing out my mind,

Just like a star across my sky,
Just like an angel off the page,
You have appeared to my life,
Feel like I'll never be the same,
Just like a song in my heart,
Just like oil on my hands

quarta-feira, abril 11, 2007

Para ti, meu Amor



Porque em qualquer parte do Mundo, estaremos sempre sob o mesmo Luar...

Múltiplas Vozes

O céu hoje está nublado, tão nublado que quando olhamos para cima ficamos com a sensação de que um grande toldo cinzento escuro invadiu o nosso dia.
Não tardará a chover – penso eu. Logo hoje que estou sem guarda-chuva, com pouca roupa. Frio não tenho, mas sinto-me absolutamente desenquadrada.
Estava bem era para estar numa praça cheia de gaivotas a cruzar um límpido céu azul, eu para aqui cheia de cores neste cenário escuro e melancólico.

Caminho alguns kilómetros por dia, para além de me sentir bem ao fazê-lo pelo bem estar físico, é sempre um estímulo à reflexão. Vou tantas vezes metida comigo mesmo que já apanhei uns sustos valentes! No outro dia, ia a pensar na vida e quase que um carro me atropela!
É, sou um pouco despassarada, dizem-me. Mas a culpa não é minha, são estas ideias e pensamentos que teimam em invadir a mente a todo o instante. Tantas coisas para fazer, tantos projectos para pôr em prática, para trabalhar, para tentar arrancar de dentro de mim e dar vida! Às vezes, zangam-se comigo porque eu não sou a ‘’todo ouvidos’’ que gostavam que fosse, porque não ouço as conversas sem me perder um pouco do que me dizem,..., peço desculpa.
Já cheguei a cogitar que o facto de caminhar tanto faz com que o meu cérebro se oxigene em demasia, despoletando esta actividade desmedida... Mas acho que vou guardar esse pensamento para mim mesma antes que se zanguem comigo por isso também.
Só sei que tento encarar o dia com um sorriso, senão para que me valeria a pena me levantar?

Ao longo das minhas caminhadas, acontece por vezes, ouvir as múltiplas vozes das pessoas que entram, saem e das que também sempre nela permaneceram. Todas elas sempre me disseram coisas sobre mim, sobre como me vêem, sobre como sou.
E acho que sempre nisso as escutei, porque seria impossível recordar o que me disseram. Neste ponto, não devo desculpas a ninguém, escutei com atenção.
Algumas dessas vozes são maviosas: dizem-me que sou uma pessoa de carácter, boa pessoa, com um coração (assim o dizem) puro, que sou talentosa e que tenho o mundo pela frente. Dizem-me para não ter medo, para continuar a lutar porque obterei o que mereço e quero nesta vida.

Outras vozes não são tão ‘’amáveis’’, usam tons agressivos e, por vezes, carregadas de sentimentos hostis e outras ainda, de repulsa, eu sei lá!! São vozes que me magoam, que me atiram coisas más à cara, sem dó nem piedade! Gritam-me que sou egoísta, que uso e abuso das pessoas, que sou manipuladora, infantil, impulsiva, neurótica e que sugo as pessoas a meu bel-prazer!
Grito-lhes que não e não! Que isso não é verdade, que por vezes, sim, mas por outras não e que seria incapaz de fazer mal a alguém de forma intencional! E aí mudam para um tom arrogante, olham-me com desprezo. Sinto-me diminuída, minúscula.
Fico muda, queria que não pensassem isso de mim, que não me olhassem com rancor.
Perco as forças para me defender.

Depois há ainda as vozes sedutoras, as que me mimam, que me enredam e que me deixam presa. Que me prometem mundos e fundos, que me fazem planar sobre as nuvens, que me fazem voar e sentir-me tão feliz, como se fosse explodir de tanta felicidade! Que me fazem pensar que sou e pessoa mais sortuda que existe. As que me sussurram palavras doces e me embalam nos braços até...
... até ao dia em que mudam completamente!
Afastam-se de mim, deixam de me procurar, de me falar! e quando me falam, nao me olham com o mesmo olhar de outrora. O seu olhar é frio, distante, despido de afectos. Como se me tivesse tornado desconhecida.
Procuro saber o motivo da súbita mudança! Fico desesperada à procura de uma resposta. Onde terei falhado? Não terei dado o meu melhor? Terei recebido mais do que dei? terei dado sequer? Entro numa espiral de pensamentos sem respostas, que de dia para dia me agoniam, me tornam frágil, me fazem sentir uma falhada, uma pessoa insignificante que não consegue manter as pessoas muito tempo perto de si.
Eu preciso de afecto! Eu preciso de mimo! Grito mas já não me escutam.

Resta-me pedir desculpas, talvez, mas não sei bem de quê, ou a quem.

Desculpas por estar cá, por ser alegre, por gostar de mim, por ser quem sou. Uma pessoa com defeitos e qualidades. Apego-me às vozes que me fazem sentir bem, às vozes que me dizem que eu tenho carácter, que sou digna de gostarem de mim.
Mas faz sentido eu pedir desculpas? Não me sinto culpada, apenas triste.
Estou sob um céu carregado de nuvens mas eu sinto a alma leve de qualquer mágoa, rancor ou ressentimento. Carrego a leveza de saber dentro de mim que não sou ‘’má’’, que não sou perfeita, mas que não ando por aí a magoar, nem a humilhar ninguém.
Sou pelo Amor, pela honestidade, pela verdade, pelo carinho.
Sim, o céu está hoje carregado, mas eu sinto-me leve e sorrio.
Assim como sei que as nuvens e a tempestade irão passar, também eu terei dias cheios de sol e ao lado das vozes que me aquecem a alma e que verdadeiramente merecem fazer parte da minha vida...

Até lá, caminharei à mesma mas abrigadinha da chuva...

quarta-feira, abril 04, 2007

A história dos Ovos da Páscoa...

Certo dia um Coelho branco chamado Dentuças ia, aos pulos e todo catita, pela estrada do Arco-íris.
Dentuças era jovem, todo pimpão e atlético, com um impecável pêlo alvo! Trazia vestido nesse dia um elegante colete azul a condizer com os seus olhos, não fosse ele um vaidoso!

Dentuças ia tão feliz a cantarolar pela estrada afora, que nem reparou que nesse instante estava a atravessar a mesma via um outro pedestre e...

« Pum, catrapum !!» - esbarraram um no outro!!

- Piu!! – ouviu-se.
- Ah, desculpa!! Desculpa!!!
- Piuuu, ouve lá não vês por onde pulas? - disse a jovem, ainda abalada com o choque.
- Hã, pois, hã, tens razão, peço imensas desculpas mas é que ia atrasado para a uma Festa, sabes eu já estou um pouco atrasado...
- Está bem, até compreendo, mas repara tens que ter mais cuidado, senão acabas a atropelar mais uma pintainha indefesa como eu.

Dentuças olhou a Pintaínha e disse:
- Pois, tens toda a razão, hã, como é mesmo o teu nome?
- Mafi – chamo-me Mafi Piu, da Familia dos Pius.

- Oh sei bem quem é a tua mãe, a D. Berta Piu conhecida pelos seus belos desenhos.
- Sim, a mamã desenha muito bem.
- Olha sabes, Mafi, acho que estou a ter uma belíssima ideia. E que tal se eu, como forma de me redimir por este atropelamento te acompanhasse a tua casa e comprasse uns belos ovos decorados à tua mãe e os levasse para oferecer aos meus convidados? Seria também uma forma de os compensar pelo meu atraso, não achas?
- Hum, se o tu o dizes, piu, quem sou eu para discordar, piu? Mas achas que os teus convidados gostam de ovos de chocolate, piu piu? Vocês não são mais virados para a comida vegetariana, cenouras e coisas do género? – disse Mafi, a pintaínha amarelinha.
- Sim Mafi, eu Dentuças só como comida saudável, mas sabes quem me espera são convidados muito especiais. São humanos, seres pequeninos, sabes?
- Ahhhhhhhhhh, sim, a mamã já me falou desses seres pequeninos, as crianças, não é?
- Exacto, eles esperam por mim todos os anos na Páscoa e brincamos ao jogo do esconde. Eu escondo um presente e eles têm que o encontrar. E neste ano, esse presente serão os ovos da tua mamã D. Berta Piu!

- Piu! – disse entusiasmada com a ideia a Mafi.

E assim foram e a D. Berta lá deu dois cestinhos carregadinhos de ovos de chocolate com lindos desenhos ao Dentuças.
Timidamente, Mafi fez-lhe um pedido:
- Hã...Dentuças, deixas-me ir contigo? Eu podia levar um dos cestos... Por favor, piu-piu?

Dentuças lá acedeu ao pedido e não tardou muito para que todos os jardins de casas onde viviam crianças ficasse recheado dos ovinhos da D. Berta Piu.

Diz-se que nesse ano todos os seres pequeninos ficaram maravilhados com a surpresa que foram, um a um, descobrindo atrás de uma pedra, de um arbusto, por entre as flores...

Dentuças e Mafi assistiam felizes às descobertas dos seres pequeninos. E Mafi ficou muito espantada por alguns deles terem mais dentes do que o seu novo amigo Dentuças! Ainda que de um tamanho mais pequeno...
Essa seria uma nova pergunta que levaria até à mamã D. Berta, o porquê dos pintaínhos não terem aquelas coisas brancas na boca...ou melhor no bico? Mafi sentiu que todo um mundo ainda estava por descobrir, mas por agora, estava feliz com uma nova amizade que fizera nesse dia...

terça-feira, abril 03, 2007

Princesa Girassol e seu Rei-Sol


Era uma vez uma rapariga de seu nome Girassol.
Girassol amava um rapaz de seu nome Sol, um belo rapaz de olhos esverdeados e que, tal como o astro-rei , transmitia à jovem Girassol a felicidade através do seu enorme resplendor e brilho, tanto interior como exterior. Tal como a flor, a beleza e a vitalidade desta eram enaltecidos pelo Sol.
Sol era uma pessoa muito talentosa e Girassol reconhecia esse brilho em Sol, que o distinguia de todos os outros rapazes que conhecia.
Para Girassol, Sol era a luz do seu dia e o brilho da Lua confidente, à noite...
Exactamente há um mês atrás, Sol, sempre cheio de energia e vitalidade, aceitara um projecto de trabalho num outro país, distante. Forçosamente, Sol e Girassol iriam estar separados um do outro, durante dois meses!
Girassol, ao tomar conhecimento da novidade por parte de Sol, desatou num pranto só. Chorou, chorou e Sol, pacientemente, enquanto lhe limpava as lágrimas do seu rosto, tranquilizava Girassol, com palavras que lhe transmitiam coragem e força. Sol era claramente mais forte do que a frágil Girassol. Fazia parte da sua natureza, sempre encarar os desafios de frente e com vontade de vencer!
Apesar de todo o calor que Sol transmitia à jovem Girassol, esta sentia-se esmorecer.
Custava-lhe imaginar-se sem o seu Sol! Como seria dali em diante, sem o seu Sol? Sem poder abraçá-lo ao fim do dia?!
No entanto, Girassol sabia que era importante apoiar o Sol nesse momento, porque Sol era forte, mas Sol precisava de sentir que Girassol iria ficar bem, para poder seguir o seu caminho com toda a força e confiança que tanto o caracterizavam!
Na hora da despedida, Sol e Girassol deram um longo e terno abraço e prometeram um ao outro que iriam ser fortes. Dentro de si, Girassol sabia que também partia no coração do seu Sol e este também sabia que ficava com Girassol no seu pensamento e coração.
Foram-se passando os primeiros dias e Girassol sentia já dentro de si as saudades a apertarem-lhe o peito. Havia dias em que sentia uma enorme vontade de chorar e chorar, mas lembrava-se do que prometera a Sol e enchia o peito de ar e resistia ceder à fraqueza.
A cada dia que passava, Girassol repetia a si mesma que sabendo que o seu Sol estava bem, isso lhe bastaria para estar também ela bem.
Dias houve em que a jovem Girassol, porém, esmoreceu e tal como a flor, as suas pétalas ficaram mais enrugadas e cabisbaixas, o seu caule enfraqueceu, a sua cor ficou mais esmorecida. Girassol precisava da luz do seu Sol! E ela ia repetindo, qual ladaínha, a contagem dos dias que iam passando. Olhava o calendário mais do que uma vez no dia e sonhava com o dia em que tornaria a sentir o seu querido Sol nos seus braços!
Entretanto Sol ia cumprindo a sua missão e apesar da distância, todos os dias falava com Girassol. Apesar de também ele, Sol, por vezes se sentir sozinho e carente dos mimos da sua Girassol, Sol nunca deixou de dar encorajar Girassol a ser forte, a cuidar de si.
Sol continuava assim a cuidar da sua flor, como sempre fizera: com Amor e uma enorme dedicação.
Hoje faz precisamente um mês que Sol está noutro país e dia após dia, Girassol começa a ganhar mais e mais força, porque sabe que o grande dia está quase a chegar! O dia em que o seu Sol, o seu astro, o seu mais que tudo na vida, regressará para perto de si.
Girassol fecha os olhos e sorri de felicidade com esta imagem. A imagem de Sol que a aquece, a anima, lhe dá toda a vitalidade e energia. Os seus braços, tal como as vigorosas pétalas de um girassol, estarão abertas para o receber, o acolher, o amar.
Porque Girassol está e estará sempre virada na direcção do seu Sol...


(...e o vento está a nosso favor :))



segunda-feira, abril 02, 2007