Nós riamos e tentavamos prestar atenção ao teatrinho, mas era complicado quando ao nosso lado tinhamos crianças com gargalhadas apetitosas, que se repetiam uma e outra vez. Mesmo ao nosso lado, duas meninas conversavam sobre acontecimentos das férias e uma delas explicava que o homem que viu na praia a nadar "era mesmo muito grande, do chão quase ao tecto da praia!". Do outro lado, um menino no colo do pai perguntava com alguma apreensão "a mão vai morrer?". E eu não conseguia deixar de sorrir.
"Seremos nós marionetas?", perguntavamos em silêncio...
E quando retomavamos o caminho de regresso a casa, pelo meio do jardim, começamos a ouvir pequenas risadas, abafadas mas sem sucesso. Olhamos melhor e apanhamos em flagrante as marionetas de pedra perdidas de riso! Eram 13, a rir uns dos outros, a rir do mundo, e rir de nós. Um menino aproximou-se admirado e, estendendo o dedo de forma hesitante de início, imitou o marionetista no gesto de fazer cócegas na palma do pé do homem pequenino com gargalhada de pedra. E eu podia jurar que vi este ser petrificado inclinar-se ainda mais, acompanhando as nossas risadas.
Eu gostei deste domingo à tarde.
2 comentários:
Que giro... nesta semana que passou, também vi e toquei os "senhores" a rir. São tantos e tão bem dispostos, que sorrir é contagiante.
ó que domingo tão divertido!!
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