Toda a gente sabia que Henri Cartier-Bresson não gostava de máquinas fotográficas a apontar para si; talvez ele se apercebesse, como Roland Barthes (pág. 77), da falsidade da situação: “Muitas vezes (demasiadas vezes, na minha opinião), fui fotografado tendo consciência disso. Ora, assim que me sinto na mira da objectiva, tudo muda: constituo-me no processo de posar, fabrico instantaneamente um outro corpo para mim, metamorfoseio-me antes da imagem”
Agnés Sire, Comissária da Exposição Um Silêncio Interior, em “Um silêncio Interior: Retratos de Henri Cartier-Bresson”, 2006.
(Na fotografia, Samuel Becket, em sua casa, em Paris, 1964)
Impressionante a arte deste senhor em captar a essência de alguém, naquele momento, naquele espaço, naquela forma, naquele conteúdo. Impressionante.
2 comentários:
Mto provavelmente já o conheces mas para quem não conhece aqui vai
Descubram:
http://blogs.publico.pt/artephotographica/
Actual e bonito.
Gosto muito desse.
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