quinta-feira, setembro 27, 2007
sexta-feira, setembro 21, 2007
E depois do Verão...
Eu te aproveitei
Tu te deste em calor
Renasci
Eu e o Outono...
quarta-feira, setembro 19, 2007
sexta-feira, setembro 14, 2007
OS ALICERCES DA PAZ INTERIOR
Aonde quer que eu vá, sempre aconselho as pessoas a serem altruístas e bondosas. Tento concentrar toda a minha energia e força espiritual na disseminação da bondade. É o que há de mais essencial. A bondade é o que realmente importa. A bondade, o amor e a compaixão combinados são sentimentos que levam à essência da fraternidade. São os alicerces da paz interior.
A esperança de haver paz, preservação do meio ambiente e uma abordagem mais humana aos problemas do mundo parece estar mais presente que nunca.
Ninguém pode prever o que acontecerá em algumas décadas ou séculos, por exemplo, qual o impacto que o desflorestamento terá sobre o clima, o solo, as chuvas. Temos muitos problemas porque as pessoas estão centradas nos seus próprios interesses, em ganhar dinheiro e não estão pensando no bem-estar da comunidade como um todo. Não estão pensando na Terra a longo prazo, e nos efeitos ambientais adversos sobre o homem. Se nós, da actual geração, não refletirmos sobre estas questões agora, as gerações futuras não terão como lidar com elas.
Muitos de nós juntam-se sob o mesmo sol resplandecente, falando línguas diversas, vestindo indumentárias diferentes e até mesmo possuindo crenças distintas. Contudo, nós todos somos idênticos como seres humanos e individualmente únicos. Desejamos todos, indistintamente, a felicidade e não o sofrimento. Mesmo que não possamos resolver certos problemas, não devemos nos frustrar. Como humanos devemos enfrentar a morte, a velhice e doenças, que, tal qual um furacão, são fenómenos naturais que fogem ao nosso controlo. Devemos enfrentá-los, não podemos evitá-los. São sofrimentos que já bastam em nossa vida. Por que criarmos mais problemas por apego à nossa ideologia ou porque pensamos de maneira diferente? É inútil e triste! Milhões de pessoas sofrem com esse tipo de problema. É um verdadeiro desperdício, visto que podemos evitar o sofrimento adotando uma atitude diferente e reconhecendo a humanidade à qual as ideologias deveriam servir.
Compaixão e o amor são as virtudes mais preciosas da vida. Por serem muito simples, são difíceis de serem colocados em prática. A compaixão só poderá ser plenamente cultivada à medida que se reconhece que cada ser humano é parte da humanidade e pertencente à família humana, independente de religião, raça, cultura, cor e ideologia. A verdade é que não há diferença alguma entre os seres humanos.
Sem amor, a sociedade humana encontra-se em situação difícil. Sem amor, iremos enfrentar problemas terríveis no futuro. O amor é o centro da vida. Se tiver amor e compaixão por todos os seres sencientes, em especial por seus inimigos, este é o verdadeiro amor e a verdadeira compaixão. O amor e compaixão, nutridos por seus amigos, esposa e filhos, não são verdadeiros em sua essência. São apego, e esse tipo de amor não pode ser infinito.
Para cultivar a sabedoria, é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessárias. Sem elas, nossa vida se complica. O impossível torna-se possível com a força de vontade...
in PENSAMENTOS DO DALAI LAMA - OS ALICERCES DA PAZ INTERIOR
(E recusa-se o Governo a receber este homem de e da Paz. Quem me dera a mim estar com ele um infimo minutinho que fosse ...)
quarta-feira, setembro 12, 2007
Ra-ta-tu-i
Mais uma vez assumo-me fã dos filmes de animação da Pixar. É um filme muito engraçado com um ratinho fofo, fofiiiinho (quase tão fofinho como o Fievel). Vale a pena deixar-nos levar pelo mundo da fantasia durante cerca de hora e meia. De preferência com duas fofinhas ao meu lado, picolinas e de riso espontâneo e solto. Muito bom!
segunda-feira, setembro 10, 2007
Sobre quem já não me lembro de ter sido ...
Invocas que esse é o melhor motivo e que não há nenhum outro válido senão a inevitável contagem dos dias.
Leio-te e penso e abano a cabeça. Vejo que não compreendeste nada, que o tempo passou mas que em ti nada mudou. Enganas-te. Apercebo-me pelas tuas palavras que estás prestes a distanciar-te fisicamente daqueles que mais amas, que vais mudar de país. Presumo que te vejas na necessidade de resgatar afectos, que te encontras fragilizada.
E, apesar de compreender que essa tua necessidade se limita pelas barreiras do teu ser, faço-te a vontade. Envio-te, com um clique, não as palavras de afecto que esperas receber, mas apenas aquelas que me são genuínas. Palavras de optimismo pelos dias que hão-de vir. Essas podes levar contigo. O resto – que quase nada é, que se resume a umas memórias de algo ou alguém que nem sei bem quem fui - fica comigo, guardado cá dentro, naquele recanto perdido. Os motivos nunca são suficientes bons para um distanciamento – dizes.
E eu digo que por vezes é tarde demais para nos resgatar-nos a nós próprios. As pegadas que deixamos para trás foram já apagadas pelas ondas do mar.
E que o afastamento daquilo que um dia fomos é irreversível ...
domingo, setembro 09, 2007
Mar de Setembro
"Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.
E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com cheiro a algas e a iodo. E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares in Eternamente, texto integrado no livro Não te deixarei morrer, David Crockett.